sexta-feira, 19 de julho de 2013

Quarto Compartilhado dividindo meu coração

Desde que fiquei grávida, comecei a ler e receber muitos conselhos e opiniões diferentes, sobre diversos assuntos. Um deles, sobre o qual pretendo falar neste post, é o uso da cama e/ou quarto compartilhado.

A maioria de nós conhece ou já ouviu histórias de pessoas que nunca colocaram o bebês no mesmo quarto dos pais, de pessoas que dormem há mais de dez anos com os filhos no quarto e de outras que compartilharam o quarto com o bebê por um curto período de tempo (quero dizer menos de 1 ano). Eu pelo menos conheço! E tentei levar em consideração essas três experiências para a nossa vida a três.

Antes da Júlia nascer, pensávamos em colocá-la para dormir no seu Quartinho desde cedo (lê-se dias de vida). Tentamos fazê-lo lindo e aconchegante, para que ela se sentisse, acima de tudo, confortável.  Até babá eletrônica com vídeo nós compramos,  para que pudéssemos acompanhá-la do nosso quarto. Também, instalamos luz com dimmer para fazer um clima de iluminação mais agradável.






Acontece que, dentre tantas coisas, a maternidade ensina que os bebês não são adestráveis e, que nem sempre conseguimos colocar na prática tudo aquilo que lemos, ouvimos e planejamos. Esse nosso plano, de colocar a Jujú em seu quartinho logo que viéssemos para casa, por exemplo,  foi um que acabou indo por água abaixo.

Como ela tem um carrinho com um “ninho” adaptável, foi fácil deixá-la dormir nele durante os primeiros meses. (MESES????) Sim, eu me sentia muito mais segura tendo ela ali, do meu ladinho, podendo fazer uma vigília constante (cheguei a conferir várias vezes sua respiração). Sem contar no esforço poupado durante o período de amamentação.  Eu praticamente não saía da cama. Estava começando nossa relação de Quarto Compartilhado.

Nós nunca fomos adeptos da Cama Compartilhada, pois a Júlia sempre foi bem dorminhoca e se aconchegou fácil tanto ao ninho como ao berço. (Além do mais tínhamos medo de sufocá-la)

Quando ela estava com uns 3 meses, percebemos que o tal Ninho estava ficando pequenino para lhe acolher de forma aconchegante. Havia chegado a hora dela ir para o seu quarto. Ok, eu estava tranquila até aí. Até aí... pois na hora H não rolou... eu achei que não seria fácil pra mim nem pra ela essa mudança repentina. Por mais que eu tentasse deixá-la no berço durante o dia, à noite era diferente. Tivemos então uma ideia: montaríamos o berço no nosso quarto até que ela se acostumasse a dormir nele. Depois, então, passaríamos ele novamente para o quarto dela. (Parenteses) Graças ao engenheiro que projetou a nossa casa, temos um quarto grandinho. Hoje ele compreende uma cama de casal, um berço, um sofá de dois lugares, uma estante grande, dois criados-mudos e, ainda assim, é bem espaçoso. Este mês resolvemos fazer móveis novos, planejados, o que pode dificultar o compartilhamento do quarto devido a posição das peças ;~ (ainda bem que pra tudo se dá um jeitinho ;) ) (Fecha Parenteses).
Com o berço do meu ladinho, a Júlia se adaptou super fácil. Desde o começo, dormiu noites inteiras. Eu me sinto segura com ela ali, pois tem a inclinação necessária no colchão, o mosqueteiro para lhe proteger de quaisquer insetos e espaço pra ela se mexer à vontade. Posso escutar sua respiração, além de vê-la assim que abrir meus olhos.
Em algumas situações já pensamos em fazer a troca, mas sempre tivemos uma desculpa. E, o fato de eu ter voltado a trabalhar, as horas ausentes durante o dia, fez-me desistir das últimas ideias e aproveitar essas horas pertinho dela.
Eu não me importo em ser criticada por essa opção, sei que há muito mais prós do que contras nessa relação. Além disso, também não são as críticas que me preocupam em quando fazer essa mudança, mas sim os nossos anseios pessoais (meus e do Ricardo). Pode parecer bobagem, mas tenho medo de ela não se acostumar no seu cantinho e que isso postergue o desenvolvimento da sua individualidade e independência. A questão da intimidade do casal também é de se levar em conta.

Eu sinto que ela já está preparada para esse desafio, e segura para fazer essa mudança, mas meu coração não quer aceitar isso. O Ricardo vai me ajudar a tomar uma decisão e juntos passaremos por mais essa etapa. Enquanto os móveis não chegam, vamos aproveitando os dias com o nosso maravilhoso e gostoso Quarto Compartilhado. Se nada der certo, a Cama Compartilhada é uma opção a se pensar.

Obrigada por lerem meu desabafo.
Depois conto pra vocês o desfecho dessa história.

Beijoooooos!


Um comentário:

  1. É Kamila, a Laura ja tem um ano e um mês e ela ainda dorme na minha cama, pq toda vez que decidimos coloca-la na cama dela acontece alguma coisa (ela se afoga dormindo, tem febre mesmo dormindo e etc) enfim parece que Deus me manda um aviso e eu acabo desistindo denovo. Criticas???? Várias, mais o que vale é a nossa decisão. Bjxxx

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